terça-feira, 6 de abril de 2010

Reflexões de quem vai chegando aos 60



“Foram-se os verdes, ficaram troncos e galhos acinzentados. Porém, para meu consolo – não, consolo não – para minha alegria sei que de ramos desnudos podem brotar lindas flores.”
É amigos, 60 anos é um marco.
Engraçado, nunca me preocupei muito com idade e nunca fiz questão nenhuma de escondê-la. Mas o fato de estar chegando aos 60 confesso, está mexendo com a minha cabeça. O tempo está me dizendo: “você já viveu quase todas as fases da vida e aí vem a última: a velhice”. E agora, será que a velhice me assusta? Por que só agora esse fato me incomoda? E essa revolução que toma conta da minha cabeça?
Essas são perguntas que ainda não me respondi. O que já sei é que não quero usar jargões do tipo “sou uma idosa de cabeça jovem” “me sinto uma jovem com 60 anos”, etc. etc. Quero sim poder dizer para mim mesma, sem nenhum susto, sem nenhum medo “sou uma mulher vivendo na plenitude de seus 60 anos”.
Sinto, porém, que para poder conquistar essa tranquilidade preciso ainda me desfazer de muitos fardos. Enterrar fantasmas, apagar dissabores, deixar, enfim, a minha bagagem mais leve. Penso que posso chegar lá, esse é um dos meus desafios.

4 comentários:

  1. Bonito texto, querida! Sim, viver todas as fases da vida com plenitude, amor e coragem é o que importa: aí está o segredo , a sabedoria, em aceitar todas as mudanças e tempos, em aproveitar a bagagem de experiências, para aprender a viver com mais luz, mais prazer, mais leveza, a despeito das agruras que fazem parte do cotidiano. Beijinhos pintados!

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  2. Maria Marchesan Kowalski12 de abril de 2010 às 14:55

    Amiga, onde esta escrito que a velhice começa aos 60? Li um dia, não sei onde que "aos 60 iniciamos uma nova fase" isto não quer dizer que seja a velhice ou a última fase, mas sim uma nova maneira de ver a vida.
    Realmente, o que importa é viver a "plenitude" dos dias, ou seja, cada dia como se fosse o último, assim como diz Renato Russo "É preciso amar como se não houvesse amanhã".
    Neila, tuas inquietações são prova de que estas viva. São os anseios de tua alma buscando só o que é "verdadeiro". Quero crer que maturidade seja isto: deixar a bagagem mais leve exorcisando os fantasmas, perdoandp, amando..., e, quando falo em maturidade não me refiro à velhice, mas sim, viver os anseios da alma.
    Ainda, quero dizer-te que partilho destes sentimentos e dúvidas mas, gosto de senti-los, pois eles me fazem ir em busca das necessidades do meu verdadeiro eu.

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  3. Obrigada amigas por compartilharem comigo das minhas inquietações. Realmente acho que estou começando uma fase nova e, surpreendentemente boa.

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  4. Minha linda: posso garantir que estou bem melhor depois dos 60! E,pelo jeito, tu também!
    beijão.

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