domingo, 3 de novembro de 2013

As energias que vêm do coração

     Centro cardíaco irradia ondas de energia poderosas, possui uma inteligência específica e pode ser o elo entre nós e uma realidade transcendente.


     É inacreditável, mas até hoje se sabe muito pouco sobre o coração. Porém resultados de pesquisas a respeito desse órgão vital realizadas nos últimos 20 anos estão deixando alguns cientistas completamente boquiabertos  “O coração é o centro físico de um sistema circulatório com 75 trilhões de células. É também o centro eletromagnético do corpo, emanando 5 mil vezes mais eletro magnetismo que o cérebro e seis vezes mais eletricidade. Cerca de 60 a 65% de suas células são neurais, exatamente como os neurônios cerebrais”, escreve a autora americana Cindy Dale num parágrafo que resume boa parte das pesquisas científicas atuais sobre esse assunto e que faz parte de seu livro The Subtle Body (O Corpo Sutil, ainda sem versão em português). Hoje já se sabe que o campo eletromagnético liberado pelo coração tem o mesmo formato do campo que irradia da Terra ou do Sol. Também já foi provado que ele é extraordinariamente mais potente que o campo cerebral e que pode ser medido a uma distância de até 3 m. Estudos científicos indicam igualmente que dentro do coração há um pequeno cérebro, um sistema nervoso independente, com aproximadamente 40 mil neurônios. Esse complexo neuronal é gerador de uma inteligência própria, diferenciada, que processa informações e que também envia sinais para o sistema límbico cerebral (responsável pelo processamento das emoções) e para o neocórtex (a parte onde acontecem os pensamentos).
Isso quer dizer que existe um fluxo constante de troca de informações do cérebro para o coração e do coração para o cérebro. Na realidade, a troca de informações do coração para o cérebro é bem maior, fato que acrescenta ainda mais mistérios nessa relação. “Nosso cérebro emocional-cognitivo tem uma conexão direta e neural com o coração. Por meio das conexões entre os neurônios, sinais positivos e negativos de nossas respostas ao momento presente são enviados a cada momento para o coração”, diz o pesquisador Joseph Chilton Pearce no livro The Biology of Transcendence (A Biologiada Transcendência, sem versão em português). “O sistema neural do coração não tem capacidade de perceber ou analisar em detalhes o contexto dessas mensagens emocionais e mentais que nos chegam do sistema cerebral límbico e cortical”, diz o pequisador americano. “Mas é capaz de validar essas mensagens positivas ou negativas respondendo eletromagneticamente com frequências coerentes (suaves e harmônicas, que surgem diante de emoções positivas) ou incoerentes (desiguais e desarmônicas, manifestadas diante de emoções negativas) e dar partida a várias reações corporais. Dessa maneira, o cérebro, o corpo e o próprio coração são capazes de responder inteiramente à realidade circundante”, afirma o pesquisador.
Lembranças nas células
Além de ser a possível sede de uma inteligência emocional específica, segundo alguns estudos o coração também teria a capacidade de registrar e reter memórias. No livro Memória das Células, o dr. Paul Pearsall coletou inúmeros casos de pessoas que, ao receberem um coração transplantado, assumiam algumas características de personalidade do doador ou se lembravam de fatos ligados à pessoa de quem haviam recebido o órgão. “Harold Puthoff [cientista americano especializado em física avançada] dizia que o coração está relacionado a processos energéticos e, portanto, informativos, pois a energia transmite informação. Existe algo a mais nessa história que ainda não foi contado”, afirmou o médico americano, que tem certeza de que ainda há muito a descobrir nesse campo de pesquisa. “O coração inteligente é o grande segredo de todas as tradições espirituais. Estar em sintonia com essa vibração harmônica nos faz mais cooperativos, criativos, abertos e menos agressivos e competitivos”, diz o geólogo e pesquisador americano Gregg Braden. “Esse é o caminho que vai nos tirar do caminho da destruição para o caminho da regeneração”, assegura Braden.
[Reportagem completa no site www.casa.com.br, por Liane Alves]

sábado, 2 de novembro de 2013

Quem lhe disse que você é velho?

"Escape da cela mental da ignorância que o mantém confinado. Pense de modo diferente; recuse-se a ser limitado por pensamentos de idade ou de fraqueza. Quem lhe disse que você é velho? Você não é velho. Você, a alma, é eternamente jovem. Grave este pensamento na consciência: 'Eu sou a alma, reflexo do Espírito sempre jovem. Vibro de juventude, de entusiasmo, de poder para o êxito.' Aquilo que você pensa pode limitá-lo ou libertá-lo. Você é o seu pior inimigo e também o seu melhor amigo. Você possui todo o poder para realizar o que quiser desde que se motive, desde que desfaça os nós mentais que bloqueiam o fluxo da convicção."
- Paramahansa Yogananda -

domingo, 9 de junho de 2013

Minha arte, minha vida

   Busco a companhia de Clarice Lispector e Alberto Caeiro(Fernando Pessoa) para apresentar meu novo trabalho: Tributo a Severine, um óleo sobre tela que amei fazer.




"Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo."



Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar...


domingo, 31 de março de 2013

Poesia e arte


Segunda canção para os dedos
Tua mão na minha
é salto qualitativo
infinitamente maior
que o abraçar de corpos
amanhã
no instante racional
em que decidirmos o assunto.

Tudo começou
no toque dos dedos
na penumbra
sob o fundo musical
dos teus olhos brilhando,
quando tudo era fácil
de deixar de ser.

Agora
vem a confiança
e a audácia
a excessiva confiança
em que os lugares comuns mais grosseiros
afastarão os olhos,
as confidências
e os dedos.

No intervalo
terá havido amor-consulta
e amor-certeza, gravidez e enjoo,
livro de gênesis
sem o espírito das águas,
mas tudo acabará
no apocalipse
dos dedos afastados
e perdidos,
na datilografia perfeita
e sem borracha
do amor desfeito

Há um ritmo de lembrança
na tristeza emigrante
dos dedos que se afastam.

José Leão de Carvalho

sábado, 26 de janeiro de 2013

Um brinde a vida


Um brinde

Um brinde aos que escolheram renovar-se,
porque venceram os temores herdados
e as ilusões mercadejadas.
Um brinde aos que ainda hesitam,
porque o seu ceticismo é legítimo,
ainda que recheado de ontem;
a qualquer momento podem tomar a estrada,
se o amanhã lhes tocar o desejo.

Um brinde aos que transitaram para o desafio
e não estacionaram na preocupação,
nem no olhar recebido, nem na obediência,
nem no mais sensato Assim-É.

Um brinde aos que maximizaram o objetivo,
porque não se contentaram com as vitrinas,
nem com a modéstia que não ofende,
nem com a guerra no espelho.

Um brinde aos que ordenham o olhar
na prospecção dos fatos,
porque fazem nova gemada
com os ovos (da galinha) de Colombo;
e aos aromistas do diagnóstico,
porque são estes que sintetizam o cristal
e o reinvento.

Um brinde aos que abrem as portas
à ingenuidade, à surpresa e à insubmissão,
porque germinam novas sementes
perante as verdades embalsamadas.

Um brinde aos avaliadores
que não desperdiçam as nozes de Nietzsche
nem atendem às vozes dos conselheiros,
porque concedem saber
à novidade da criança
e acrescentam oportunidade ao espanto.

Um brinde aos que não se consolam na fórmula,
mas cuidam da nova criança,
porque assim dão músculos ao pensar
e tornam confiante o descobridor.

Um brinde às caminhadas,
porque, além dos achados,
reativaram os músculos
e mostraram que vale mover-se.

Um brinde aos que chegaram
e aos que nunca fugiram,
aos que aprenderam
e aos que não ancoraram
na bahia-limbo do conforto.

Um brinde aos que esqueceram as lições
e as ladainhas,
porque agora estão livres
para produzir surpresas no pensar
e riquezas no agir.

Um brinde aos que semeiam,
ainda quando perdem a semente;
aos da meia noite
e aos da nova manhã,
porque para todos há música
e vinho do Reno com gosto de pitomba.

Por maior que seja a pressa,
preveja no mapa o lugar da sombra
para comemorar não apenas o que foi,
mas principalmente o desejo consistente;
e neste quiosque da festa íntima
dimensione a nova estrada dos dias,
escute a música dos desafios
e acrescente o seu próprio brinde
ao ainda não pensado.

(texto de José Leão de Carvalho)