sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A voz do silêncio


Hoje vou postar aqui um texto de uma cronista e poeta que admiro muito: Marta Medeiros

Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ando devagar porque já tive pressa...


"Tudo e todos parecem correr a velocidade da luz.
Eu quero a lentidão de um passeio na praia ao final da tarde,
vendo o sol se por devagarinho,
Quero o sossego e a mansidão dos campos ao cair da noite.
Não desejo segurar o tempo, quero apenas degustá-lo com todos os seus cheiros e sabores".

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Idade para ser Feliz


Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa, em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los, a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores, sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem, em que todo desafio é mais um convite à luta, que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.
Essa idade, tão fugaz na vida da gente, chama-se presente e tem a duração do instante que passa...

Amigos, não sei que é o autor desse texto. Um dia ele apareceu no meu e-mail e agora o coloco nesse meu syber espaço onde quero compartilhar minhas paixões: arte, artesanato, literatura, bons textos...conversar, trocar idéias.