Já é outono! Tempo de deixar morrer aquilo que precisa morrer, acumular energias para enfrentar dias mais rigorosos e depois rebrotar inteira e intensa na próxima primavera.
...As folhas caem como se do alto
caíssem, murchas, dos jardins do céu;
caem com gestos de quem renuncia.
E a terra, só, na noite de cobalto,
cai de entre os astros na amplidão vazia.
Caimos todos nós. Cai esta mão.
Olha em redor: cair é a lei geral.
E a terna mão de alguém colhe, afinal,
todas as coisas que caindo vão.
Outono (Rainer Maria Rilke)